domingo, 21 de setembro de 2008

Último ‘Fusca’ da polícia vai virar peça de museu em SP

O último Fusca da Polícia Civil, carinhosamente chamado de "Baratinha" ainda em atividade na capital paulista vai virar peça de museu ainda neste ano. Sem data de exposição prevista, o Fusca fabricado em 1986 será doado ao museu da Academia da Polícia Civil de São Paulo, na Cidade Universitária (Zona Oeste). Para os policiais, a viatura que serve à corporação há 22 anos preservará a memória de “tempos mais românticos”.“O carro vai contar a história de uma época mais romântica da polícia em que a cidade de São Paulo era menos violenta. De tempos em que a violência não era uma estatística, mas um fato social que atingia poucas pessoas”, afirmou o delegado João Lopes, responsável pela “baratinha” no Centro de Execuções de Cartas Precatórias de São Paulo. Entretanto, a doação tem uma condição: a substituição por outro carro para servir esse órgão da polícia civil.


O Fusca só sai da garagem da delegacia três dias por semana para entregar intimações e cumprir outros serviços internos. “A orientação é procurar não esmerilhar muito e tratar com carinho. Na rua, chama muito a atenção. Todo mundo olha. Algumas pessoas tiram até fotos”, diz João Lopes. Para as rondas diárias, a “baratinha” é poupada e o Santana, mais jovem, assume a rotina.Na garagem, a “baratinha” recebia na tarde de quarta-feira (30) os cuidados do filho do delegado, o estudante de direito Ricardo Lopes, de 24 anos, que passava um pano molhado em seu capô arredondado. "Vim apenas ajudar", disse ele.


A longevidade do fusquinha branco-e-preto surpreende os policiais. O tempo médio de uso de uma viatura de polícia é de 10 anos, contra o 22 anos dessa famosa "baratinha".O delegado que atua há 28 anos na polícia já ensaia o adeus e se despede como de um colega de trabalho prestes a se aposentar. “Ela já prestou relevantes serviços à polícia. Só temos boas recordações. Ela nos ajudou muito a cumprirmos a nossa missão.


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