O verdadeiro fusca de 4 portas.

Quem acha que o fusca de 4 portas foi o zé do caixão, engana-se. Existiu realmente uma versão 4 portas oficial, produzido pela empresa "Rometsch", especializada em modificações de carroceria em veículos de série no começo da década de 50. Estimulada pelo sucesso nas vendas do fusca na época, a Rometsch decidiu criar uma versão específica do ja popular KDF para ser utilizado pelos taxistas alemães.

O projeto de adaptação foi muito bem elaborado, garantindo rigidez e confiabilidade quanto a qualidade da estrutura. O entre-eixos original do fusca foi aumentado em 18cm para facilitar o acesso e dar o máximo de conforto aos passageiros. As portas traseiras abriam do lado contrário ao tradicional, conhecidas como "portas suicídas", para facilitar o acesso aos passageiros e eram feitas com as originais dianteiras, que era cortadas e tinham sua largura reduzida. Esta adaptação era muito bem feita pela Rometsch, que ja tinha uma vasta experiência no ramo, mas, não era barato, custando o dobro do valor do fusca na época.

Detalhe para o porta no estilo suicída, que facilitava o acesso aos passageiros.

Modelos utilizados como táxi em Berlim na Alemanha.

Não existe registros precisos da quantidade que foi produzida. A versão foi montada tanto no modelo Split quanto no modelo Oval. A produção foi encerrada em meados de 1953, quando a Rometsch passou a se dedicar mais a veículos esportivos e também a concorrência no segmento de táxi era muito forte. Estes modelos eram utilizados pelos taxistas principalmente da cidade de Berlim. O fusca táxi hoje é uma raridade disputada por colecionadores, que, assim como modelos raros como o Hebmüller, tem um valor de mercado altíssimo. Atualmente, as versões de quatro portas que vemos por ai são feitas de forma artesanal por seus proprietários ou por empresas pouco conhecidas. Mais adiante, postarei imagens de Fusca Limousine de variadas formas.

Detalhe para o interior requintado e o taxímetro à direita da imagem.

Fonte: www.thesamba.com - Revista Fusca & Cia edição n° 18.